Trabalhadores bloqueiam acesso a Porto do Açu, de Eike Batista
RIO - Cerca de 300 homens que trabalham na construção do terminal marítimo de minério de ferro do Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense, bloquearam com pneus e galhos de árvores a estrada que dá acesso ao porto na manhã desta quarta-feira. Eles reivindicam o pagamento do adicional de 30% de periculosidade e aumento salarial.
O terminal de minério de ferro pertence à LLX Minas Rio, empresa que tem como sócios a LLX (51%) - braço logístico do grupo de Eike Batista e responsável pelos demais terminais do porto - e a anglo-sul-africana Anglo American (49%).
A estrada bloqueada é a RJ 240, que tem 20 quilômetros e liga a BR 356 ao Porto do Açu. Segundo a LLX, o bloqueio ocorreu por volta das 7h30, hora que os trabalhadores costumam chegar ao canteiro de obras.
Trabalham no terminal 350 operários, dos quais 250 no turno matinal e 100 no vespertino. Alguns trabalhadores do turno da tarde nem chegaram a ir trabalhar nesta quarta, devido à manifestação. Ao todo, trabalham no porto 1.943 funcionários.
Os trabalhadores que fizeram o protesto são da empresa ARG, construtora responsável pelo terminal de minério de ferro. Neste momento, representantes da LLX e da ARG estão negociando com o sindicato local para resolver o problema.
Em nota, a LLX Minas-Rio informou que "cumpre rigorosamente todas as normas e determinações da legislação trabalhista, além de exigir em contrato o mesmo rigor de seus parceiros" e que "está atenta às reclamações e acompanha de perto o cumprimento dos contratos firmados com estas empresas".
Por O Globo