Outro boletim da comissão de base de Cabiúnas... dando o exemplo para os outros locais de trabalho na Campanha da PLR 2010...
Comissão de Base de Cabiunas.
Cerca de 3 semanas pra cá, o golpe dado pela direção do sindicato aos trabalhadores do TECAB vem sendo tema de discussão não só no terminal, mas no conjunto da categoria petroleira.
O sindicato pretendia com essa atitude de divisão e assédio sobre Cabiúnas, dar um exemplo para o conjunto da categoria petroleira, de que se não acatadas as orientações do sindicato a base estaria sujeita à duras retaliações. Queria também dessa forma afastar os trabalhadores do movimento sindical por perder sua confiança neste, e colocar a responsabilidade do ocorrido sobre os próprios trabalhadores.
O tiro saiu pela culatra!
Os ataques da direção do sindicato no entanto serviram para unir ainda mais os trabalhadores petroleiros. Inúmeras plataformas prestaram solidariedade com moções e assinaturas do abaixo-assinado Se o sindicato esperava um pedido de desfiliação em massa ERRARAM, os petroleiros desta base estão é se filiando para fortalecer a luta contra a divisão da categoria.
Se esperavam domesticar esta base ERRARAM, esta atitude causou repugnância e indignação de uma parcela significativa da classe, até mesmo de alguns que nunca participaram de mobilizações nas lutas sindical.
Se esperavam levar esta categoria a uma dependência política a ponto de se rastejarem atrás de cordão de lingüiças por eles puxado ERRARAM, o exemplo de organização desta base foi de fundamental importância na resistência ao golpe pretendido pela direção do nosso Sindicato.
Se esperavam intimidar esta categoria ERRARAM, esta base pratica com muita propriedade o lema:
“Mexeu com meu companheiro... mexeu comigo”.
Um claro ataque do sindicato contra os petroleiros
A direção do sindicato bem que tentou mas a categoria não engoliu. Ficou bem claro nas discussões e assembléias que a responsabilidade pela divisão foi inteiramente dessa direção, numa medida de tentar domesticar a base.
Na nova rodada de assembléias, fruto de um abaixo-assinado muito pouco representativo que segundo os próprios diretores não chegou nem a 100 assinaturas, muitos trabalhadores ouviram ao chamado da comissão e não participaram das assembléias ou não assinaram na lista de presença da mesma, por entender que a opinião de Cabiúnas quanto à proposta de PLR já havia sido decidida.
Os que votaram pela aceitação, votaram não por achar que essa PL é justa e não deveríamos ter tentado lutar por mais, mas votaram porque precisam desse dinheiro e o sindicato condicionou recebê-lo à dizer que a proposta é boa. Nós da comissão não queremos criar uma divisão na categoria entre aqueles que na 2ª rodada votaram pelo sim ou não votaram. Todos fomos vítimas de um claro caso de assédio moral, e mesmo os que votaram pelo sim estão revoltados com a situação.
Agora é manter a luta e fortalecer a organização por local de trabalho
Essa luta ainda não acabou. Quando questionados nas assembléias, a direção do sindicato não sabia o que responder em relação às futuras assembléias. Caso as futuras assembléias se dêem de forma separada organizaremos uma campanha no conjunto da bacia pela unidade da categoria.
Parafraseando o lema deles mesmos: “Mexeu com meu companheiro, mexeu comigo”
Além disso, foi sem dúvida alguma uma grande vitória termos começado uma organização por local de trabalho no terminal. Acreditamos ser muito importante a manutenção de uma comissão de base no terminal. A luta pelo acordo único não será a única que teremos. Existem e surgirão várias outras demandas dos trabalhadores do TECAB. Ampliar a comissão à todos os que queiram opinar e construir as nossas demandas é o primeiro passo para a continuidade de uma comissão de base dos trabalhadores.
O próprio estatuto do sindicato institui e apóia as organizações por local de trabalho, e achamos que devemos manter essa prática no TECAB
O Sindicato está abandonando a campanha salarial
Agora os petroleiros devem ficar atentos às atitudes do sindicato na campanha salarial. A aceitação relâmpago demonstrou que se depender da direção do sindicato, o nosso acordo será assinado antes mesmo da database ter início. Se não fizermos nada, deixaremos a oportunidade de conquistar mais em um ano eleitoral, passar diante de nossos olhos.
O sindicato convocou a mobilização no dia 27 com o eixo de luta pela segurança, mas não falou nada da primeira rodada de negociação que realizou neste dia. Achamos que é mais do que fundamental a luta pela vida e segurança na Bacia de Campos, no entanto tudo indica que a realização deste ato tem como intuito esconder nossa campanha salarial. Se estivesse realmente interessado em defender a segurança o sindicato não teria aceitado o absurdo acordo bianual, que coloca as cláusulas de segurança para serem debatidas apenas a cada 2 anos.
Uma comissão atuante!
Gostaríamos de agradecer aos votos de confiança depositados pelos trabalhadores do TECAB. Nesse período a comissão foi responsável por:
1-O repasse e confecção do abaixo-assinado exigindo o acordo único. O primeiro abaixo-assinado foi roubado com cerca de 250 assinaturas, e ainda assim repassamos novamente o abaixoassinado e coletamos 220 assinaturas. Além de Cabiúnas, articulamos a passagem do abaixoassinado em diversas plataformas e imbetiba, totalizando mais de 200 assinaturas externas
2- Areunião na Escola Luiz Reid, que contou com o apoio do Sindipetro-RJ e presença do assessor jurídico da FNP. Nessa reunião que foi encaminhada a proposta da comissão de base e protocolamento do abaixo-assinado
3- Através do Sindipetro-RJ entramos em contato com a empresa que declarou querer fechar o acordo com Cabiúnas, que só não o fechou pela negativa do
sindicato.
4- Entramos com uma denúncia no Ministério Publico do Trabalho, referente aos casos de abuso de poder e assédio por parte da diretoria do sindicato.
5- Protocolamos o abaixo-assinado no sindicato e tentamos o diálogo com o mesmo.
6- Realizamos 1 boletim da comissão e adesivos exigindo o acordo único, que
foram distribuídos amplamente exigindo o acordo único.