Não permita que os traidores continuem

23-02-2011 00:00

  

  Há anos o grupo que dirige o Sindipetro-NF vem traindo a categoria e levando a derrotas. Ao invés de lutarem pelos nossos interesses, passaram para o lado das Empresas (Petrobrás, Perbras, Halliburton, Brasdril e um longo etc). A lista de maldades são incontáveis, mas aqui vamos relembrar apenas alguns dos motivos para botar essa turma para fora!

As maldades da atual diretoria...

1) Ajudando o X9:  Ano passado durante uma das assembleias dos trabalhadores da Schlumberger que ocorreu na sede do sindicato de Macaé, foi permitido ao gerente daquela empresa fotografar todo o plenário enquanto que se tentou impedir que a oposição falasse.


2) Assediando os próprios petroleiros:
  Durante a última campanha de PLR a direção tomou uma atitude vergonhosa. Cansado de perder todas as propostas rebaixadas que apresentava no Terminal de Cabiúnas, resolveu assediar moralmente os trabalhadores daquela base,  fechando o acordo e deixando apenas o TECAB para trás. Detalhe, o próprio Coordenador Geral, Zé Maria, fez questão de dizer que essa foi uma orientação da FUP.


3) Defendem a entrega de nosso petróleo:  A diretoria do NF, conscientemente, gerou uma grande confusão na cabeça da categoria ao apresentar o projeto de novo marco regulatório feito pelos movimentos sociais como sendo o mesmo defendido pelo governo. No final, o sindicato e a própria FUP abandonaram o projeto que elaboram e passaram para o lado do governo, que entrega nosso petróleo para as grandes empresa privadas. Prova disso são as últimas descobertas do Pré-Sal na Bácia de Santos: o reservatório conhecido como Carioca Nordeste é apenas 45% Petrobrás e o último denominado Macunaína é 65% Petrobrás, 25% BG Group e 10% Partex Brasil.


4) Enganando a categoria:  A direção abandonou a defesa do plano petros BD para todos. Induziu a categoria ao erro no processo de Repactuação do plano Petros, deixando os novos da Petrobrás e Transpetro com planos de previdência inferiores (Petros II e plano CD Transpetro) e desvinculando os benefícios da Petros dos salários da ativa. Nestes planos, as patrocinadoras não são obrigadas a cobrir os déficits e em caso de “rombo”, os trabalhadores pagam a conta. Não contentes com isso, tentaram induzir a categoria a aderir ao BPO (que é o congelamento dos recursos do plano Petros BD até a aposentadoria e possibilidade da adesão ao Petros II).


5) Defenderam o PCAC:  Durante as negociações do plano de cargos e salários, a direção do Sindipetro-NF abriu mão da defesa do avanço de nível em 12/18/24 meses, aceitando a manutenção do GDP e permitiu a criação da maquiavélica Remuneração Mínima por Nível e Regime. Esta remuneração passou a ser a principal ferramenta para desvincular da ativa os aposentados que não repactuaram, concedendo reajustes diferentes no salário e na RMNR. Com a RMNR, deixa de existir de fato o adicional de periculosidade, pois a companhia paga um complemento menor a quem trabalha em área perigosa. Além disso, a Petros I  não recolhe a contribuição sobre a RMNR, mas somente sobre salários e adicionais, abrindo o precedente para que todos os ganhos nesta parcela não sejam incluídos no benefício futuro. No último congresso regional, a diretoria Sindipetro-NF defendeu raivosamente contra o pagamento da periculosidade por fora da RMNR. 


6)Campanhas salariais:  Zé Maria e Cia foram os campeões na defesa da reposição apenas da inflação no salário base, aceitando sucessivamente reajustes só na RMNR, e ,mesmo assim, com índices inferiores às demais categorias. Antes, defenderam acordos com a concessão de níveis, prejudicando novos e aposentados. Mesmo com o crescimento extraordinário da companhia, os petroleiros ainda não recuperaram sequer as perdas dos governos Collor e FHC. Instituiu-se um abismo salarial, os salários dos novos petroleiros é tão baixo que a companhia consegue reduzir a sua folha de pagamento ao mesmo tempo em que contrata mais (pois cada novo recebe menos da metade do que quem se aposenta hoje).


7)  A bandeira de PLR máxima e linear foi jogada no lixo pela FUP:  A categoria nunca é mobilizada antes da assembleia dos acionistas que define o montante, deixando a discussão para a data do pagamento da segunda parcela. Na última campanha aceitamos uma PLR inferior ao ano passado (descontada a inflação). A companhia decidiu pagar uma gratificação aos gerentes, supervisores e coordenadores com o dinheiro que foi “economizado” pela FUP ao entregar nossa campanha e perseguir a base do TECAB.


8) Virando a casaca: Através dos exemplos acima vemos que a atual diretoria mudou de lado já faz tempo: o próprio operador mantenedor faz parte de um acordo fechado pelo direção do sindicato. Por esse trabalho sujo eles são muito bem recompensados. Não é segredo também que são inúmeros os diretores da FUP que viraram gerentes e sem vergonha alguma preparam os próximos ataques aos nossos direitos e condições de trabalho. *Veja a lista com mais de 20 ex-sindicalistas que hoje são gerentes em nosso site.