Descaso com segurança exige uma reação contundente dos Petroleiros.

22-02-2011 23:12

    Durante os últimos dias o incêndio em Cherne II, que chegou a parar a plataforma, vem sendo assunto na categoria petroleira . A plataforma que foi posta de volta em operação de forma precária e negligenciando as condições de segurança foi desta vez interditada pela fiscalização do Ministério do Trabalho (na sexta, 11), o que confirmou as denúncias dos trabalhadores da plataforma. Mesmo com a interdição a Petrobras fez de tudo para continuar operando, tentando derrubar a interdição na justiça e mantendo a operação enquanto isso.

Lucro a frente da saúde e da vida dos funcionários
    Não bastasse o caso de PCH-2, que mostrou de forma escancarada qual a verdadeira politica de segurança da Petrobras, os trabalhadores de diversas plataformas vem relatando graves pendências de segurança. PNA-1, PNA-2, P-40 e as Vermelhos já deram o recado: as condições para a formação de um novo acidente não são exclusividade de Cherne II. Não temos dúvidas também ao afirmar que o descaso com a segurança atinge todas as plataformas (inclusive as novas) e bases de terra. Se não houverem mudanças radicais na empresa acabaremos lembrando os 10 anos do acidente de P-36 da pior forma possível: com uma outra plataforma explodida.
    Os diversos acidentes deixam claro que a orientação corporativa na prática é: aumentar os lucros ao máximo gastando o mínimo com segurança. No entanto, depois de 8 anos de governo Lula, não podemos eximir a responsabilidade sobre este governo que nada fez para mudar qualquer coisa relativa à segurança nesta empresa que é sua "garota propaganda" e que tinha até ano passado a atual presidenta entre o Conselho Diretor da empresa.

O setor privado é o que mais sofre
    Não podemos esquecer que são os companheiros de empresas privadas os que mais sofrem, os que são  obrigados a submeterem-se aos trabalhos mais penosos, que tem o menor tempo de descanso, uma menor média salarial e também sofrem mais de 80% dos acidentes fatais. A política de terceirização que vem se ampliando a cada governo serve a sede de lucro, ao aumento do ritmo de trabalho, a redução de gastos, precarização do trabalho e ampliação dos acidentes.
    Os trabalhadores efetivos Petrobras e os não efetivos fazem parte de uma única categoria petroleira que precisa se unir para enfrentar os problemas de segurança e todos os demais que nos diz respeito

Precisamos realizar um grande ato pela segurança na Bacia
    Para mudar esta realidade é necessária a mobilização da categoria: efetivos e não efetivos de mãos dadas. No entanto o sindicato só chama atos em defesa da segurança em épocas de campanha salarial, deixando inclusive a campanha largada. Nós da oposição defendemos que se cumpra uma das resoluções do congresso da categoria, que foi defendida pela oposição - Organizar atos públicos em Macaé e Campos chamando a imprensa e mobilizando a categoria e seus familiares.  Defendemos também que seja discutida com os trabalhadores a viabilidade de um ato em defesa da segurança, como operação padrão ou greve de PT.