Carta dos companheiros do Sindipetro RJ
01-03-2011 09:34
Companheir@s
Apesar de pouco crível, a recente calúnia orquestrada pela FUP e Sindipetro-NF contra nós poderá causar confusão na cabeça de quem não acompanha os bastidores das eleições sindicais e, portanto, merece ser respondida.
Os dirigentes fupistas nos acusam, um diretor e um assessor do Sindipetro-RJ, de termos vandalizado a sede do sindicato petroleiro do Norte Fluminense, por ocasião de recente assembleia naquela base. Mentira descabida, a qual não só responderemos, por todos os meios disponíveis, como fazemos questão de divulgar, para que todos saibam a que ponto pode chegar a burocracia sindical com medo de perder suas boquinhas.
A resposta vem por meio da presente nota, com a explicação dos fatos e devidas interpretações políticas.
Virá também pela conversa olho-no-olho com cada trabalhador da base do RJ e do NF, coisa que os caluniadores já não têm mais coragem de fazer.
E também virá na forma de interpelação judicial.
Só não virá através do uso da violência física, pois é justamente isto que esta escória do mundo sindical espera.
Respondemos às acusações sobretudo tristes, ao constatar mais uma vez que o petroleiro da Bacia de Campos está muito mal representado. E obviamente incomodados, por termos nossos nomes envolvidos em tamanha baixaria.
Não tivessem nossas companheiras, filha e enteada maturidade política suficiente para entender este tipo de prática, poderia ser bastante complicado explicar esta situação. Não se brinca com a imagem de pais de família.
Somos militantes com mais de 25 ou 30 anos de luta e jamais tivemos nossos nomes envolvidos em questões deste tipo. Já enfrentamos sim a polícia e a Justiça dos patrões, agressões e demissões. Mas não nos recordamos de sofrer ataque de tal baixeza.
De fato estivemos na assembleia que elegeu a Junta Eleitoral para a eleição do Sindipetro-NF. Lá estivemos levando o apoio do Sindipetro-RJ, da FNP, da CSP-Conlutas, do PSTU e de tantas outras organizações que, temos certeza, gostariam de se fazer representar, apoiando a chapa da Oposição.
Tivemos acesso às dependências do Sindipetro-NF como é de praxe em todos os sindicatos petroleiros. Mas não pudemos acompanhar a assembleia, realizada a portas fechadas e com um forte aparato repressor. Homens de preto que bradavam “daqui ninguém passa!”
E não passamos, tampouco insistimos. Lamentamos sim o fato de não deixarem passar nem os seus próprios associados, cerca de 7 ou 8 companheiros que chegaram alguns minutos depois de iniciada a sessão e tentavam assistir a assembleia, mas foram barrados. Não entraremos no mérito da falta de democracia ou das manobras para se ganhar a Junta Eleitoral, isto fará parte do debate na eleição daquele sindicato.
Como todos podem imaginar e os que nos conhecem já têm certeza, não houve nenhum tipo de depredação ou vandalismo contra o patrimônio do sindicato. Não de nossa parte nem de ninguém que tenhamos tomado conhecimento.
Por que então fazem uma coisa destas? Desespero. Medo de fazer feio nas eleições.
É prática comum o apoio mútuo entre entidades que defendem o mesmo programa. Ainda mais numa categoria nacional. O Sindipetro-RJ sempre apoiou as chapas da FNP e Oposições independentes e já consta do programa da próxima chapa esta disposição política de derrotar a FUP nacionalmente.
Incomodou muito ao grupo denominado FUP/CUT os recentes episódios no Rio de Janeiro e agora querem dar o troco com esta denúncia. Aliás, como diz a própria mensagem deste grupo, não gostaram de ficar fora da chapa. Mas dentro também estariam desconfortáveis, já que a chapa apoiará as Oposições, denunciará o papel traidor da FUP e defenderá a Pauta Histórica dos petroleiros e a campanha de Desrepactuação.
Que todos os trabalhadors aproveitem esta lição e observem os apoiadores de cada lado na próxima eleição do Sindipetro-RJ. Ao lado de nossa chapa, na qual a FUP não tem lugar, estarão a AEPET, o CDPP, a FENASPE e diversas associações, os conselheiros eleitos da Petros. Ao lado da chapa deles... aguardem e verão.
A FUP/CUT e a direção do NF são gigantes com pés de barro. O “chão da fábrica” já não suporta mais a defesa descarada e incondicional da direção da empresa e do governo.
Aqui não se trata de briga de partido, como poderão pensar alguns colegas. Trata-se de que a cada ACT cai mais um pouco da máscara dos dirigentes da quinta coluna petroleira. Cada um que tenha seu partido, nós militamos no nosso. O que não pode é vender o direito dos trabalhadores para cumprir a ordem do governo ou para negociar cargos gerenciais.
Tampouco adianta fazer terrorismo com o nome do PSTU, como se os petroleiros acreditassem em bicho papão. Alguns concordam com nossas ideias, outros não. Mas quem conhece os militantes do PSTU, sabe o que fazemos no nosso dia-a-dia, mobilizando os trabalhadores. E quem conhece os militantes da FUP/CUT e de seus partidos também sabe o que eles fazem: o jogo do patrão.
Não podemos prever se a Oposição ganhará a eleição do NF ou se nós aqui no RJ enterraremos de vez a FUP. Só podemos afirmar que agora, mais que nunca, dedicaremos todos nossos esforços para garantir que os petroleiros tenham uma representação digna em seus sindicatos.
Os caluniadores pagarão caro por esta difamação. O tiro vai sair pela culatra.
Todos que nos conhecem sabem que esta acusação se trata de uma mentira deslavada. E os que não conhecem, mas conhecem a FUP, sabem do que eles são capazes. É só perguntar pra turma de Cabiúnas.
Portanto, contamos com você, que ficou indignado com esta atitude, a nos ajudar.
Aqui no Rio, lançamos a “Operação FORA FUP” que desmontou os planos da FUP de voltar para o Sindipetro-RJ numa eleição de chapa única. Agora, vem aí a “Operação FORA FUP – Parte 2”, onde os petroleiros dirão, nas urnas, se querem na direção de seu sindicato gente da estirpe destes caluniadores.
Em Macaé, o resultado das assembleias do ACT já deixou muito pelego preocupado em perder sua boquinha. Para tentar disciplinar os lutadores de Cabiúnas, lhes retiveram a PLR.
Toda esta calúnia e campanha difamatória com requintes escatológicos pretendem nos inibir a frequentar livremente a base do NF para ajudar nossos colegas da Oposição. A quem interessa coibir a entrada de apoiadores na sede da entidade? Certamente, à chapa da situação fupista.
Se acreditam que, com esses factoides, vão impedir o Sindipetro-RJ a apoiar a Oposição, avisamos: vão ter que se esforçar muito mais!
Como diz a nota da Oposição, esperamos que os ventos do norte da África soprem pelo NF e ponham fim a mais de uma década de ditadura sindical.
Sds
Eduardo Henrique* e Ronaldo Moreno*
* Eduardo Henrique - com mais de 20 anos de militância, ex-dirigente da UNE, é diretor do Sindipetro-RJ desde 2008, membro da Executiva Estadual da CSP-Conlutas e fundador do PSTU
* Ronaldo Moreno – na luta há mais de 30 anos, ex-presidente da Associação dos Empregados da Light, há três anos é assessor do Sindipetro-RJ, foi fundador e dirigente da CUT e posteriormente fundador da CSP-Conlutas e é também militante do PSTU.